Mulheres são 30% dos condutores de motocicleta
Seja como meio de transporte, lazer ou para praticar esporte, a motocicleta vem conquistando o coração das mulheres brasileiras.
Dados do Denatran, de janeiro de 2017, mostram que as mulheres já são 33% dos habilitados na categoria, em todo o território nacional. Se considerarmos todas as categorias que permitem pilotagem de motocicleta (A, AB, AC, AD e AE), de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, houve um aumento de 7% no número de mulheres motociclistas.
“Desde que criei o site, em 2009, tenho percebido um aumento no número de mulheres motociclistas. Não só os acessos ao portal aumentaram como também a interação. Além das mensagens pedindo dicas, muitas meninas me perguntam se devem ou não comprar uma motocicleta. Minha resposta, claro, é sempre sim”, disse Amanda Pagliari, fundadora do MulheresdeMoto.com.br, o primeiro portal de notícias voltado para mulheres motociclistas no Brasil.
Cada vez mais as mulheres estão descobrindo os benefícios da motocicleta, principalmente a felicidade, como mostra estudo publicado nos Estados Unidos o qual revela que mulheres que pilotam motocicleta são mais felizes.
Se somarmos o número de habilitados nas categorias A e AB no país, em janeiro deste ano, a proporção de mulheres era de 28%. Já em São Paulo, o estado com a maior frota de veículo de duas rodas e também de motociclistas, esse número vai para 31%, no mesmo período, o equivalente a cerca de 1.961.346 mulheres habilitadas nas categorias A e AB, segundo dados do Detran-SP.
Praticidade de locomoção, economia e sensação de liberdade são alguns dos motivos pelos quais elas estão aderindo ao mundo das duas rodas. E, embora a preferência delas seja por “Scooter” e “Cub”, como mostrou pesquisa recente da Abraciclo, não se engane, elas também pilotam motos de média e alta cilindrada. Como a motociclista Tábata Lôbo (Taninja), que começou a andar de moto com uma Biz, evoluiu para uma Ninja 300 e hoje pilota uma Kawasaki Zx6. “Comecei a andar de moto porque fui assaltada no ponto de ônibus. Hoje sou apaixonada pela motocicleta, faz parte de mim, não vivo sem”, revela Tábata.
Muitas mulheres relatam que a motocicleta era apenas um meio de transporte tornando-se, posteriormente, um estilo de vida, inclusive companheira de viagens, como é o caso da motociclista Rayana Schneider que, em sua primeira viagem de moto, percorreu mais de 5mil quilômetros, sozinha.
Mulheres motociclistas também no esporte
Além das ruas, os autódromos também foram invadidos pelo charme feminino. É cada vez maior o número de mulheres presentes nas competições de motovelocidade, inclusive no pódio. Em 2016 a piloto Samara Andrade foi vice campeã brasileira na Copa Ninja 600cc, no SuperBike, competindo de igual para igual com os meninos.
Para incentivar a participação das mulheres nesse esporte, a piloto Márcia Reis organizou, em 2015, o primeiro Grid Feminino, sendo a primeira vez que uma competição de motovelocidade realiza uma corrida apenas com mulheres. O evento foi um sucesso com a participação de 17 pilotos.
De olho nesse mercado que não para de crescer, empresas do segmento pensam cada vez mais nas mulheres ao lançar um produto. Cores opcionais a tons mais neutros são alguns dos atrativos, que se estendem a produtos como capacetes, jaquetas e luvas.
A Riffel lançou recentemente a linha de vestuário Anatomic, voltada para mulheres. Design atraente e modelagem diferenciada são alguns dos atributos trabalhados pela nova linha com o objetivo de agradar o público feminino.
“Não tenho dúvidas que o número de mulheres motociclistas vai crescer ainda mais nos próximos anos, sonho com o dia no qual seremos 50%”, disse Amanda Pagliari.
Quando eu entrei na engenharia em 2004 eram 5 mulheres para um total de 50 alunos….hoje dou aula para os cursos de engenharia e é meio a meio! Fico feliz!
Certamente isso será realidade no motociclismo também e não vai demorar!
Muito bacana a matéria, eu não sabia sobre a Samara Andrade e Márcia Reis!
Pesquisarei e vou acompanhá-las!